A interação das crianças com a música pode acontecer desde muito cedo. Aqui, dois especialistas comentam como se dá esse processo e falam de sua importância.
É muito comum observarmos reações dos bebês quando escutam músicas, sejam tocadas por artistas (escutando cd’s ou celulares, por exemplo), sejam cantaroladas por outras pessoas. Os bebês tendem a se mostrar atentos, buscam interagir com as canções e alguns balbuciam ou “mexem” o corpo segundo os ritmos.
Para dois especialistas, que coordenam o Projeto Música para Crianças, da Universidade de Brasília, o processo de musicalização e inserção no universo musical precisa começar bem cedo. Em entrevista concedida ao “Mambembeiro” (programa de rádio da EBC brasiliense), os professores Ricardo Dourado Freire e Célia Porto contaram que no projeto recebem bebês a partir dos 6 meses, acompanhados por um adulto de referência, usualmente os pais.
Ricardo afirma que as atividades para os pequenos se dão diretamente via interação com a escuta de músicas cantadas pelos professores, com o uso de instrumentos, de danças e brincadeiras. É importante que, neste espaço, a música seja a linguagem do momento e que tudo ocorra ao redor dela.
Os bebês, em especial, costumam se mostrar bem atentos e raramente choram durante as atividades. Escutam e buscam compreender o que está acontecendo em volta deles: engatinham, balbuciam, interagem de perto com os professores e com os instrumentos. Os especialistas destacam a importância da interação com os adultos de referência, que permanecem com os bebês nas aulas. Esses adultos se colocam como modelos para as crianças e são também instigados a cantar para elas em diferentes momentos da rotina, como na hora do banho, antes de dormir, ao brincar etc. É uma ótima oportunidade para estreitar os vínculos afetivos com o bebê!
Nesse processo de musicalização, os bebês descobrem que cantar é uma maneira de interagir com as pessoas.
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Fonte: Laboratório de Educação