Nossa conversa hoje é para acalmar o coração das mães. Deixe a culpa de lado e acredite: você está mesmo dando o seu melhor. E lembre-se do mantra da maternidade: “Vai passar. Vai passar.”
Isolamento social, escola fechada, amiguinhos distantes e trabalho dobrado dentro de casa. As telas se tornaram, mais do que nunca, aliadas das famílias. A gente brinca, cuida, propõe atividades e movimento, mas tem hora que precisamos de um tempo para atender uma reunião ou mesmo colocar uma roupa no varal. Celular e televisão nos salvam nessa hora. Mesmo as mães mais puristas acabam se rendendo.
Você já tem problemas demais. Deixe a culpa de lado, mas tome as medidas possíveis. O ideal ainda é limitar o tempo que a criança vai ficar na frente das telas. Mas, além disso, você pode selecionar o que a sua criança vai assistir. Já que vai ter tela, que seja com conteúdo de qualidade. Tá cheio de canais no Youtube com clipes incríveis como Barbatuques, Fortuna (Tic Tic Tati e a Casa da Ruth), Tiquequê, Mundo Aflora, Orquestra Modesta, Pequeno Cidadão e o indefectível Palavra Cantada. E tem animações também: Pocoyo, Shaun – o carneiro; filmes como A Viagem de Chihiro, Ponyo, o policamente incorreto mas apaixonante Mafalda e uma infinidade de curtas lindos da Pixar, como For the birds, La Luna, Parcialmente nublado, O jogo de Geri e Piper – este últimos disponíveis no Youtube.
E, se puder e quando puder, reserve um tempo para sentar e ver o junto com a sua criança o que ela vê. Ela vai curtir fazer uma sessão pipoca junto com você. Ela vai amar arrastar os móveis e dançar juntinho no meio da sala. E você vai saber melhor o que está enchendo a cabecinha da sua criança. Eu mesma, quando vi que não tinha jeito a não ser me render, aprendi a enxergar a poesia que tem na Peppa Pig.
Texto: Luciane Motta
Publicado originalmente em https://editoratimo.com/uso-de-telas-na-infancia-pandemia-sinceridade/